terça-feira, 11 de junho de 2013

Dia dos Desapegados

Hoje, 11 de junho, é véspera do Dia dos Namorados. E a maioria das pessoas fica mexida com essa data, bombardeada pelo intenso apelo comercial. Todos querem ser amados! Isso é próprio do ser vivo. Porém, amar é para poucos. Pouquíssimos. Nem todos sabem realmente o que é o amor. Uma pessoa vivida, experiente em relações amorosas, pode apregoar vaidosamente que já teve ou conheceu amorosamente 200 mulheres (ou homens). E pergunto: e daí? Isso significa que ela soube amar cada uma dessas 200 pessoas? Não! Claro que não! Na seara afetiva, quantidade não rima com qualidade. Pelo contrário! Pois o sujeito pode ter esposa, amante, teúda e manteúda e ficantes, mas não amar nenhuma delas! Só ama a si próprio! E as ligações amorosas são apenas uma extensão do próprio ego. Ele tem a técnica de sedução, é gentil, cavalheiro, bom de cama etc., mas não sabe amar! Pois, para amar, é preciso emoção. Não se trata apenas de satisfazer uma necessidade fisiológica. É preciso entrega, comprometimento, dedicação e uma boa dose de loucura! Se não, é como se beijar na boca, de olhos abertos! Querendo ver o que não pode ser visto! Querendo racionalizar o que não pode ser racionalizado! E essa falta de entrega do coração explica tanto desinteresse, indiferença e calculismo. Pois o amor entra no rol dos interesses pessoais: sim, vou me casar com fulano ou beltrano, pois ele tem status, bom nível socioeconômico ou é famoso. Isso não é amor. É interesse. Já houve casos famosos de criaturas que largaram tudo para viver um grande amor. Reis que abdicaram do reinado e de todos os privilégios. A literatura e a vida real estão repletas de casos assim. Eles amaram, sem dúvida. Cometeram loucuras e pagaram o preço para viver seu amor. Pois o verdadeiro amor é incondicional. O resto, é somente um jogo de interesses!

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