quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Delegacia

Ontem fui à delegacia dar parte de um furto. É estranhamente interessante a visita a uma DP. Lá, se tem contato com tantas histórias, de tipos tão diversos, que fazem pensar. Diria até que um lugar como esse é um cenário perfeito para mexer com a imaginação. São tantas histórias, é uma realidade tão nua e crua, que é praticamente impossível sair de lá da mesma forma com que se entrou. Há todos os tipos de atos humanos: roubos, furtos, mentiras, trapaças, crimes, delitos, morte, ameaças... o ser humano, enfim, em toda sua miséria e mesquinharia. Como já se constatou, o homem é uma raça que não deu certo. Na Natureza, ele é a única espécie que preda o seu semelhante. E isso não por questão de sobrevivência, necessariamente. Simplesmente, muitas vezes, pela tola necessidade de se afirmar, por um mero capricho, apenas. O homem é tão idiota que ataca a própria Natureza, sem sequer lembrar que faz parte dela.
Enfim... voltando à delegacia. Há desde o furto de carteiras de dinheiro e calotas de automóveis ao roubo de crianças. O nivelamento é enorme. Não é à toa que muitos autores de novelas ou livros buscam nas páginas policiais dos jornais matéria-prima para suas histórias. A sordidez pelo menos serve para alguma coisa mais construtiva. Afinal de contas, estrume também é adubo!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ato sem palavras, com Sérgio Brito

Uma jornada rumo ao self. É assim que classifico o resultado da peça "Ato sem palavras", encenada por Sérgio Brito, no Oi Futuro. É estupenda sua interpretação, em que usa apenas os gestos para transmitir as escolhas de um homem que precisa sobreviver na selva. Sérgio dá vida ao eterno conflito vivido pelo ser humano, sempre tendo que optar por alguma coisa e renunciar à outra. Ou, pior, se não escolher nada, termina sem nada, paralisado, vendo a vida e as oportunidades passarem.