quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Delegacia

Ontem fui à delegacia dar parte de um furto. É estranhamente interessante a visita a uma DP. Lá, se tem contato com tantas histórias, de tipos tão diversos, que fazem pensar. Diria até que um lugar como esse é um cenário perfeito para mexer com a imaginação. São tantas histórias, é uma realidade tão nua e crua, que é praticamente impossível sair de lá da mesma forma com que se entrou. Há todos os tipos de atos humanos: roubos, furtos, mentiras, trapaças, crimes, delitos, morte, ameaças... o ser humano, enfim, em toda sua miséria e mesquinharia. Como já se constatou, o homem é uma raça que não deu certo. Na Natureza, ele é a única espécie que preda o seu semelhante. E isso não por questão de sobrevivência, necessariamente. Simplesmente, muitas vezes, pela tola necessidade de se afirmar, por um mero capricho, apenas. O homem é tão idiota que ataca a própria Natureza, sem sequer lembrar que faz parte dela.
Enfim... voltando à delegacia. Há desde o furto de carteiras de dinheiro e calotas de automóveis ao roubo de crianças. O nivelamento é enorme. Não é à toa que muitos autores de novelas ou livros buscam nas páginas policiais dos jornais matéria-prima para suas histórias. A sordidez pelo menos serve para alguma coisa mais construtiva. Afinal de contas, estrume também é adubo!

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