domingo, 23 de novembro de 2008

A noviça rebelde

O musical "A noviça rebelde" é desses que conquistam a gente para sempre. Enternece o coração e suaviza a vida. A história é tão linda e simples, que merece ser contada e cantada. E o formato de musical, para mim, é um atrativo a mais. Dá mais emoção e riqueza à história. Mistura dois elementos que só contribuem para aprimorar a experiência artística: a música e a dramaturgia. É fantástico! Adoro musicais. Eles têm um encanto todo especial, ao reunir harmoniosamente a beleza da música e o fascínio das histórias.
Não é à toa que "A noviça rebelde" já foi encenada nos quatro cantos do planeta. Além de tudo, também tem um fundo político. Não é uma peça desengajada. É corajosa e irreverente, romântica e atemporal. Agrada a todas as idades, raças, sexos, classes sociais e nacionalidades. É universal. Para quem ainda não foi, não deixe de ir. É imperdível e inesquecível.

Amigos

Duas provas de grande amizade tive nos últimos dias. É como diz a música: "Amigo, você é o mais certo das horas incertas." Como é preciosa a amizade! É, muitas vezes, o que nos dá conforto espiritual e maior resistência às contrariedades.
Hoje estava me sentindo particularmente deprimida. Estava chorosa, mesmo. E sou do tipo de pessoa que, quando começa a chorar, custa a parar. Até que no meio da tarde, um grande amigo, desses do peito mesmo, me liga. Que alegria! Ficamos juntos conversando, pelo telefone, cerca de quatro horas. Quanto assunto, quanta afinidade, quanta aprendizagem! Com um bom amigo, a gente sempre se reavalia e cresce, porque confia. Pode mostrar o melhor e o pior de nós, mas se sente em casa. O amigo fortalece nossa auto-estima e nos reconcilia conosco mesmos.
Outro dia, outro amigo me deu mais uma grande alegria, também. Mandou-me um presente de aniversário, quando eu menos esperava. Como não poderia deixar de ser, me deu um livro. Para mim, que amo os livros, não pode haver presente melhor. Pois uml ivro é um amigo, também, só que em forma de papel. Papel esse, claro, que foi escrito por outro ser humano, com angústias, sonhos, esperanças, dúvidas e crises. Mas que, por isso mesmo, nos ampara e nos ensina muito, no silêncio das noites.
O nome do livro? "Bartleby, o escriturário", de Herman Melville. Não vejo a hora de começar a ler.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tempo de renovar

Obras em casa! É o que eu mais temia, e precisava também. Mas, depois de começar, é outra a realidade. Muita sujeira, poeira infinita, bagunça impressionante. Porém, é outro horizonte que se descortina. Inclusive figurativamente. A possibilidade de zerar tudo, numa reforma, dá outro ânimo à vida. E a gente melhora, pois vê a vida com outro olhar. O olhar do novo, do diferente, da eterna reinvenção. A gente muda também, quando faz uma reforma em casa. Muda por dentro, o que é sempre bem-vindo e imprescindível. Afinal, é a mudança que caracteriza a vida. O que é um órgão humano se não for o sangue que corre pelo interior? É nada. Mas um órgão pulsante é vivo, é pleno de possibilidades e está sempre pronto para modificar.
Viver é isso - ser transformado pela vida e transformá-la também. Nesse intercâmbio incessante dos seres vivos, quem ganha é quem aprende e contribui. Como dizia o falecido Roberto Marinho, "o único poder que me interessa é o poder de fazer." Falou e disse, mestre Marinho!