segunda-feira, 18 de março de 2013

Telefraude


Telemarketing. A todo momento, invadem sua vida. Ligam para sua casa e para o seu celular, prometendo a rápida solução dos seus problemas. Você nada pede, mas, mesmo assim, as empresas adivinham seus problemas e lhe prometem a solução. Solução? Não. Se você aceita o serviço, confiando na pronta disponibilidade dele, se decepcionará mais tarde. Pois basta conferir se o serviço está funcionando, logo depois de aceito. Não está. Mas como? Já não foi enviado o email de confirmação da aceitação do serviço, logo após a chamada do telemarketing anunciando o dito cujo? Sim, já foi enviado. Mas quando efetivamente se telefona para obter o serviço prometido, a atendente informa que não é bem assim. Não, houve um erro no sistema e o contrato do novo serviço foi realizado, mas o cadastro não foi efetivado. Cabe a você, que não pediu o serviço e, ingenuamente, acreditou na sua disponibilidade, ligar para a central de atendimento, discar a opção x e informar o que está ocorrendo. Que o contrato já está em vigor, mas o cadastro não. Como é possível?

Não entendo a sociedade moderna. Promessas demais, serviços de menos. Cobranças demais, realizações de menos. Fraudes demais, punições de menos. Jamais, em toda a época da Humanidade, tivemos nossos desejos tão prontamente atendidos e das mais variadas formas possíveis. Porém, nunca fomos tão enganados e ficamos tão angustiados. Nunca houve tanta incompatibilidade entre o que se diz e o que se faz. Faça o que digo...
Pois bem, ligo para a central para, enfim, efetivar o cadastro e obter o serviço prometido. A linha está ocupada. Tudo bem. Ligo mais tarde, depois de algumas horas. Linha ocupada, novamente! E, depois, mais uma tentativa... Linha ocupada. Meu Deus, mas o que é isso? Era para ser uma solução, e virou um problema. Acho que o nome do serviço está errado. Não é telemarketing. O certo é telefraude ou teleproblema

terça-feira, 12 de março de 2013

Sociedade canibal

Vivemos na era da informação. Pelo menos, é o que se diz. E o que significa informação? Segundo o Aurélio, informação é conhecimento e participação. É transparecer, para quem não detinha a informação, o poder do conhecimento. Parece simples, não? Não tanto. Na era da informação, na sociedade em que vivemos, a informação assume múltiplas formas. Afinal, são tantos canais: internet, tv a cabo, telefonia móvel, sites, blogs, jornais, revistas... Porém, mesmo assim, não há o fundamental: a transparência. As informações são manipuladas, a todo momento. Ao ponto de uma empresa ter dois tipos de informação para prestar ao público: uma frontalmente contrária à outra. E o consumidor, que tem direito a essa informação, se vê perdido numa batalha para saber quem diz a verdade. Mas, enquanto isso, os pagamentos são feitos... A sociedade está incrivelmente doente, sem remédio ou tratamento que dê conta de tantos problemas. O declínio moral corrói toda a estrutura social, desde os níveis superficiais até os mais profundos. É a superestrutura corroendo a infraestrutura, num canibalismo sem fim. E, disso tudo, resulta a antropofagia do braço pendurado na janela do automóvel do atropelador. Bêbado, burlou a Lei Seca, com base nas informações postadas por internautas, eternamente espreitando o desmonte das blitzen. Encontrou o ciclista às 5 e meia da manhã. Atropelou e o braço do ciclista ficou pendurado na janela do carro. O atropelador não prestou socorro à vítima. Fugiu e, para completar o ritual antropofágico, jogou o braço num rio das redondezas. Consumir o braço, ele não consumiu. Mas consumiu a vida humana, que é bem pior. O ex-goleiro esquarteja a amante, mãe de um filho seu, e a joga aos cães. Outro canibal explícito. Fez consumirem por ele, quando a jogou aos cães. E o filho, por pouco, se livrou do destino da mãe. O advogado mata a ex-namorada, jogando o carro em que ela estava no rio. Antes, lhe alveja com dois tiros, um na mão e outro na mandíbula. Por que tanto canibalismo? Ainda segundo o Aurélio: canibalismo: antropofagia: ato de um animal devorar outro da mesma espécie ou da mesma família. E por que ele faz isso? Por que precisa tirar do outro, o devorado, a força que tem. Como não consegue, por ser fraco, covarde, incapaz e impotente, lhe tira a vida. Some com o seu braço. Atira sua carne aos cães. E vai dormir, tranquilo. Crente de que está mais forte assim. São as trevas devorando a luz! Quanto mais o homem está no mundo, e se afasta de Deus, mais corrompido ficará. Sodoma e Gomorra!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Declínio moral

Impressionante a forma como as pessoas se relacionam em sociedade. Como são medíocres e mesquinhas. Julgam, a todo momento, a tudo e a todos pelo dinheiro que têm! E, nunca, pelo caráter que possuem! Como se esse não fosse importante. Não sabem ver um palmo diante dos olhos! São burras, imbecis! Acham que o dinheiro resolve tudo, e discriminam com base nesse critério. Assim, começa a derrocada ineroxável do ser humano, rumo à baixeza, à sordidez è à mediocridade! Foi assim em Sodoma e Gomorra. Hoje, quando a vida gira em torno das redes sociais, ai daquele que se atreva a fazer um comentário construtivo em uma delas! É espinafrado e avacalhado, sem dó nem piedade! Não se tem o amor pela informação ou pela cultura! Dependendo da comunidade, o que importa é saber se a pessoa tem dinheiro, títulos ou nome! Que ridículo! Não são redes sociais, são redes antissociais! Por onde se combinam brigas, arruaças, tumultos e seja lá o que for! Tive uma experiência horrível durante esta semana. Não citarei nomes. Fiz um pequeno comentário, a título de esclarecimento. E uma pessoa, a quem nem havia me dirigido, disse que eu não pagava a mensalidade! Humilhou a mim, gratuita e publicamente! O que demonstrou com isso? Sordidez, ignorância, falta de postura, agressividade, incivilidade, prepotência, soberba, pretensão e tantas outras coisas... Outro dia, fiz um comentário em outra comunidade. Essa, de profissionais ligados a minha área de atuação. Para quê? Como alguém não entendeu o que quis dizer, e outras pessoas também não entenderam, apesar de minhas tentativas de explicar, fui criticada. O usuário que se arvorou em crítico maior espinafrou bem. Disse que meu comentário fora infeliz e, que se estivesse trabalhando, não estaria sendo profissional, pois não estaria tendo um comportamento condizente. Julgou-me como se fosse um cliente, e eu, uma contratada! Eu só estava ali fazendo um comentário! Não tive essa pretensão de agir profissionalmente, pois não fora contratada nem estava sendo paga para nada! Pelo contrário, ainda tive que aturar desaforos de uma pessoa para quem nem havia me dirigido, especificamente! A pessoa participa de uma comunidade e se dirige a todos, aleatoriamente. O que importa, pelo menos no meu caso, é contribuir e somar! As pessoas reagem, então, das piores formas possíveis. Atacam, julgam, agridem e humilham as outras! Redes sociais, tô fora!