domingo, 26 de abril de 2009

Cama de zinco e Mandando bala

São dois filmes sensacionais a que assisti na semana passada, cada um no seu tema. Cama de zinco é uma ótima reflexão sobre o alcoolismo, dependência e ex-viciados. Com ritmo bastante ágil, apresenta uma história bem plausível sobre um jornalista que vai trabalhar para um empresário, cuja mulher também está em tratamento contra o vício. Os dois terminam por se envolver amorosamente, mas sem deixar de sofrer por suas vidas conturbadas. Os diálogos são extremamente inteligentes e sarcásticos. Vale a pena conferir.
Mandando bala é um filme repleto de ação e suspense. Com elenco formado por Clive Owen e Monica Bellucci, o roteiro é bem intrincado: poderosa quadrilha de gângsteres persegue um bebê para matá-lo. Sem saber bem o motivo para a perseguição, o personagem de Clive Owen acaba por defender o recém-nascido, contando para isso com a ajuda da prostituta vivida por Monica Bellucci. As cenas de ação, além de eletrizantes, são cômicas, também. No final, é revelado o segredo que circunda a vida do bebê. Imperdível! O filme é meio trash, mas é envolvente e original no tema. Outra ótima pedida!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Only a fool takes things for granted

Sim, é a pura verdade. Somente um idiota toma as coisas como certas, já dizia o poeta. Em um mundo onde nada se cria e nada se copia, pois tudo se transforma, achar que alguém ou alguma coisa é garantida é acreditar nos contos da carochinha. Essa visão ingênua do mundo nega o estado (permanentemente) transitório de tudo o que existe, pelo menos nessa dimensão terrena que vivemos. O ser é o não-ser que, por sua vez, será o ser, numa roda incessante de transformações, evoluções e involuções. Tudo aquilo que é também não é, e a desnatureza acaba por definir a natureza e vice versa. A dualidade de cada coisa nos remete ao conceito do uno e esse uno nos ilude, ao nos fazer crer que o outro lado não existe ou deixou de existir. Sim, isso é até verdade. Mas somente enquanto o outro não dá as caras e recomeça o seu ciclo novamente, incessante, sem vencedores ou vencidos, sem definição e sem resposta definitiva. Viver, teu nome é transição!