terça-feira, 14 de abril de 2009

Only a fool takes things for granted

Sim, é a pura verdade. Somente um idiota toma as coisas como certas, já dizia o poeta. Em um mundo onde nada se cria e nada se copia, pois tudo se transforma, achar que alguém ou alguma coisa é garantida é acreditar nos contos da carochinha. Essa visão ingênua do mundo nega o estado (permanentemente) transitório de tudo o que existe, pelo menos nessa dimensão terrena que vivemos. O ser é o não-ser que, por sua vez, será o ser, numa roda incessante de transformações, evoluções e involuções. Tudo aquilo que é também não é, e a desnatureza acaba por definir a natureza e vice versa. A dualidade de cada coisa nos remete ao conceito do uno e esse uno nos ilude, ao nos fazer crer que o outro lado não existe ou deixou de existir. Sim, isso é até verdade. Mas somente enquanto o outro não dá as caras e recomeça o seu ciclo novamente, incessante, sem vencedores ou vencidos, sem definição e sem resposta definitiva. Viver, teu nome é transição!

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