terça-feira, 21 de maio de 2013

Rede social, teu nome é intolerância!

Vivemos na era da participação. Sim, já saímos da era da informação. Hoje, tudo se resume a participar, opinar, filmar, fotografar e postar. Postar? Sim, pois postar é o termo cibernético que significa "publicar" em uma rede social. Até aí, tudo bem. Nossas vidas estão muito mais interessantes, pois ganhamos acesso a pensamentos, opiniões, fatos e costumes alheios, antes compartilhados apenas no círculo de amigos dos envolvidos.
Pois bem. O que não se mede, inicialmente, com tamanha fertilidade de ideias e postagens, é o que vem como contrapeso. Sim, há um preço a pagar por todo esse maior conteúdo informativo e emocional. Pois ele traz a intolerância, ou seja, a incapacidade de aceitar as diferenças, próprias de toda e qualquer comunidade biológica. Aí, surgem os ataques, as provocações, a censura e até o bullying. Depois da perversão, a própria noção de comunidade entra em perigo. Fica desvirtuada. Afinal, comunidade é "qualquer grupo social cujos membros habitam uma região determinada, têm um mesmo governo e estão irmanados por uma mesma herança cultural e histórica". No caso do ciberespaço, a região seria virtual, e não geográfica, o governo seria o bom senso e a herança, sim, essa seria o legado dos valores e da história de todos. Tudo isso se desmorona, a partir do momento em que se começa a julgar o outro, que postou algo numa rede social, da forma mais correta possível, fazendo uma pergunta técnica numa comunidade de profissionais. Note-se bem: o único "problema" da postagem foi usar uma gíria, na forma de tratamento à comunidade. Pronto! Bastou a gíria para ferir suscetibilidades. Porém, a comunidade, em suas regras de funcionamento, nunca havia proibido o uso de gírias! Enfim, é intolerância pura! Esse tipo de comportamento é o oposto do próprio conceito de internet. Isto é, um território livre, descentralizado e de acesso público, segundo o Aurélio. O problema da intolerância nas redes sociais já chegou até a criar a delegacia de repressão a crimes de informática. Infelizmente, nas redes sociais também se combinam brigas e provocações! Pessoalmente, já presenciei três comportamentos intolerantes nas redes sociais, em três ou quatro meses. E concluo que, se a tecnologia avança, nesse admirável mundo novo, a sensibilidade e a humanidade retrocedem, infelizmente!

5 comentários:

Jorge Davidson disse...

Malu, só acompanhei o seu post da lista hoje, ontem entrei muito tarde e a perdi. Depois, achei que estava tudo confuso demais para participar, até houve uma expulsão do grupo! Realmente achei um tanto desnecessária a crítica que te fizeram e também constatei que tem muito maluco solto por ai!

Jorge Davidson disse...

Imagino que já tenha adivinhado quem é o Unknown!

Malu Magalhães disse...

Tenho uma vaga ideia de quem seja você, Unknown! Se for quem estou pensando, seja bem-vindo com seus comentários! Se não for, seja igualmente bem-vindo! Tudo isso o que aconteceu só serviu para demonstrar que o ser humano, esteja em uma aldeia no fim do mundo ou numa metrópole mundana, é sempre o mesmo, quando se vê tomado e limitado pelo preconceito! Obrigada pelo comentário e volte sempre!

Blog de Idiomas disse...

Olá. Presenciei o fato mencionado nesta postagem. Precisamos levar em conta que algumas pessoas são "cânceres" que, um dia, são extirpados, felizmente. São seres inseguros que só se sentem bem quando diminuem as pessoas e que não têm valor algum.

Malu Magalhães disse...

Sim. E digo mais: precisam diminuir os outros, pois já se sentem diminuídos! Na verdade, precisam de tratamento e, se não concordarem, precisam, sim, ser ensinados! Todas as respostas que dei foram para o bem da pessoa! Tudo é questão de aprendizagem na vida!